sábado, 1 de novembro de 2014

O Avaí e o profissionalismo

O texto é do Jornalista Rodrigo Faraco, vejo nesse texto de 1° de Novembro de 2014, uma profunda reflexão de quanto temos que evoluir quanto Clube de Futebol. Não podemos fazer futebol profissional como uma estrutura semi-amadora, não podemos prosperar com jogadores que não se coadunam com conceitos de profissional de auto rendimento de futebol. Não podemos achar que um clube de 91 anos de história pode fazer as coisas no "vamu que vamu"... 

Os desmandos e a falta de profissionalismo de atletas devem ser tratados com tanto rigor e suor quanto é batalhado para arrumar condições de pagar seus bons salários. Suas responsabilidades em alguns casos não são do tamanho de seus salários!



O Avaí e o profissionalismo



Quando ouço que jogador de futebol tem que estar comprometido, fico imaginando o grau de imaturidade de certos profissionais. Pior de tudo é perceber que o diretor de Futebol do clube precisou falar que tem “atleta que ainda acha que isso aqui é brincadeira”. Há muito jogador que é mimado. Que gerente e técnico precisam às vezes ficar carregando pela mão para que ele desempenhe o mínimo possível. O futebol protege muito quem deveria ser, na verdade, profissional. E profissionalismo não é só entrar em campo e jogar o jogo. Profissionalismo é saber que o corpo é a principal ferramenta de trabalho do atleta. Tem que comer direito, dormir direito e treinar direito para poder jogar direito. Mas tem muito “profissional” por aí que bate ponto no clube para treinar e acha que em campo vai resolver as coisas. E ganham muito bem, porque os salários geralmente partem de R$ 10 mil, R$ 15 mil nos clubes que pagam menos. Então é um absurdo que ainda exista essa conversa de falta de comprometimento. O que existe na verdade é molecagem de quem ainda não se deu conta que deixou de ser criança e é privilegiado de estar numa posição que é o sonho de muitos garotos.


A entrevista de Chico Lins


É claro que estou falando do Avaí, da reunião que houve na última quinta-feira e da entrevista do diretor, Chico Lins. Quando chega neste ponto é porque a coisa está realmente feia internamente. A entrevista foi muito esclarecedora. E posso garantir que o que foi dito para imprensa tinha sido dito antes no vestiário para os jogadores. O Avaí precisava mesmo lavar a roupa suja e fazer a conversa dura com cobranças entre os jogadores e a comissão técnica. Lins revelou que alguns estão falhando no seu compromisso profissional. Não quis expor os nomes e acho que nem era a questão. Se fosse para expor, que fossem afastados de vez. O grupo precisa reagir, até porque está jogando fora o que construiu durante toda a temporada.


Quem caiu de produção


Está muito claro para muita gente quem caiu bruscamente de produção neste time atual do Avaí. O principal deles é Diego Felipe. Não é possível que um atleta que tem a qualidade que ele tem esteja se arrastando em campo para terminar a temporada. Já escrevi muitos textos aqui e fiz muitos comentários positivos sobre ele, mas começo a entender porque não teve regularidade em outras equipes. Outro que não vem bem e parece nem estar ligando para isso é o lateral-direito Bocão. Entra no time e sai do time e tanto faz. Bocão tem mais bola do que está jogando e está deixando passar uma oportunidade de ouro na carreira. Chegou desconhecido do Brasiliense, apresentou bom futebol no Catarinense, mas parece que esqueceu que o Avaí é a primeira grande oportunidade na carreira. Deveria estar ralando muito pelo pão de cada dia. Aliás, perguntar não ofende: onde está o volante Abuda, que não é

um primor de jogador, mas não tem sido sequer opção de banco?

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